Resumo 2º dia – Brasil deve receber mais de US$ 50 bi em investimentos a partir do BIF
O Brasil Investment Forum (BIF) 2021, organizado pela Apex-Brasil, pelo BID e pelo Governo Federal, reuniu representantes do governo e de multinacionais em dois dias de evento online
Em dois dias, o Brasil apresentou projetos que devem atrair investimentos de US$ 50 bilhões nos próximos dois anos, gerando mais de 20 mil empregos. Trata-se de um montante considerado estratégico para o impulsionamento da economia nacional. Esse é o resultado do Brasil Investment Forum 2021, considerado o maior evento de atração de investimentos da América Latina. Totalmente online, o fórum contou com abertura do Presidente da República, Jair Bolsonaro, e com a presença de diversos representantes do governo e do setor privado. Multinacionais de todo o mundo participaram dos painéis, de salas de apresentação de projetos e de reuniões de alto nível.
Os números revelados refletem a grandiosidade do fórum, que contou com 6.309 participantes de 101 países, com mais de 30 setores da economia representados. Os mais de 6 mil inscritos no evento puderam interagir entre si, por meio de uma plataforma virtual, que disponibilizou acesso à programação em tempo real, além de ferramentas e conteúdos exclusivos – como o serviço de matchmaking entre os participantes, via aplicativo. O ambiente digital garantiu a realização de 211 reuniões estratégicas, fundamentais para a previsão de novos investimentos para o Brasil.
Com conteúdo oferecido em diferentes idiomas, o evento foi considerado um marco na inovação, especialmente na experiência do usuário. A quarta edição do fórum foi a primeira realizada de forma online, em função das normas de segurança relacionadas à pandemia da Covid-19. Ainda que determinado pelas circunstâncias, o formato online do BIF possibilitou que oportunidades chegassem a ainda mais investidores e empresários, ampliando a capacidade de atração de investimentos estrangeiros. No total, 3.643 mensagens privadas e 424 mensagens públicas foram trocadas por meio da plataforma oficial do evento. A partir de desktops, foram 190.242 acessos às páginas do site do evento. Por aplicativo, foram 26.925 visitas.
Os estados da federação que, nos eventos anteriores, tinham estandes físicos para atendimento aos participantes, não ficaram de fora e, por meio de estandes virtuais, apresentaram seus projetos de investimentos, tiraram dúvidas e fizeram reuniões com os investidores interessados.
Ao longo do BIF, articuladores de todas as esferas do país se comprometeram com a agenda de reformas e com um ambiente propício para novos investimentos que, segundo o Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Augusto Pestana, contribuirão para o crescimento sustentável e equilibrado do país. “O BIF provoca um impacto muito positivo para o Brasil em termos de geração de renda e de atração de tecnologias em áreas tão importantes como, por exemplo, a área da saúde”, afirmou Pestana.
Melhora do ambiente de negócios
Na abertura do evento, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, apresentou os atributos de segurança e atratividade do ambiente de negócios no Brasil, à luz do arranjo político e institucional e das medidas de política econômica para o período pós-pandemia da Covid-19: “Meu governo tem compromisso com reformas e projetos estruturantes para reduzir o custo Brasil. Trata-se de aperfeiçoar normas e políticas para melhorar o ambiente de negócios. Para isso, desenhamos soluções tributárias que asseguram a estabilidade macroeconômica em contexto de desafio orçamentário”, declarou o presidente.
O Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Claver-Carone, também presente na abertura, destacou a relevância de um ambiente voltado à atração de investimentos, no momento em que o mundo ainda vive reflexos da retração provocada pela pandemia. “O Brasil é um dos mercados mais promissores e mais ativos da economia global. Eu tenho muito orgulho de estar aqui e de apresentar o Brasil como um dos países com o maior potencial de investimentos da América Latina”, afirmou.
Já o Ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, destacou as perspectivas de crescimento do Brasil e seu reposicionamento como um ator-chave na atração de investimentos globais. “O governo brasileiro trabalha pela abertura de nossa economia, pelo aperfeiçoamento do ambiente de negócios e pela transformação do Brasil em um dos países mais atraentes do mundo para investir. Nosso objetivo central é uma integração firme e definitiva do Brasil às cadeias globais de agregação de valor”, apontou o ministro.
Desenvolvimento
O crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre do ano, foi citado pelo Ministro Tarcísio de Freitas, que participou da segunda Keynote Session, nesta terça-feira (01/06). “Procure nossos projetos. O que está por vir é grande, da magnitude do Brasil”, destacou ele, complementando que o Governo Federal elaborou um grande programa de investimentos, que permitiu a realização de 70 leilões no setor de infraestrutura. “O Brasil fez leilões de rodovias, portos, aeroportos, ferrovias. Voltamos a investir no modo ferroviário. Estamos transformando a nossa matriz de transporte, que vai ser muito mais eficiente daqui a alguns anos”, comemorou Freitas.
O Ministro-Chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, também ressaltou a retomada do crescimento econômico e o empenho para revigorar os investimentos internacionais. “O momento é muito favorável. Os que não investirem agora no Brasil, ano que vem estarão muito arrependidos”, alertou o ministro, enquanto enumerava as ações governamentais para melhorar o ambiente de negócios.
O BIF ainda contou com a presença dos Ministros da Economia, Paulo Guedes; da Saúde, Marcelo Queiroga; da Infraestrutura, Tarcísio Freitas; de Minas e Energia, Bento Albuquerque; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; e das Comunicações, Fábio Faria. Representantes e CEOs de multinacionais de destaque também prestigiaram o evento.
Setores estratégicos em debate
A quarta edição do Brasil Investment Forum apresentou oportunidades de investimento em setores estratégicos da economia, como agronegócios, energia, infraestrutura, inovação e tecnologia. Os participantes do evento online tiveram acesso a debates aprofundados em duas keynote sessions, quatro sessões paralelas e em oito paineis, que incluíram temas relacionados à economia global, à indústria 4.0, ao investimento estrangeiro direto, à infraestrutura, às startups e à agenda regulatória e de reformas, entre outros. Representantes do governo, da sociedade civil e investidores ainda estiveram reunidos em salas de apresentação de projetos públicos e privados no Brasil, selecionados por caracterizar um alto potencial para investidores.
O Brasil Investment Forum (BIF) é organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal. O fórum conta com patrocínio oficial da BRF e da Itaipu Binacional, além do patrocínio da Petrobras e da Smar Technology Company.
Números do BIF 2021
Negócios
60 projetos de investimentos apresentados
US$ 50 bilhões de previsão de investimentos até 2022
22 mil empregos a serem gerados até 2022
Participantes e acessos
6.309 Inscritos
3.432 Logins
411 pedidos de reunião
211 reuniões aceitas
3.643 mensagens privadas
424 mensagens públicas
190.242 páginas visitadas via desktop
26.925 visitadas pelo aplicativo
Serviço
Para saber mais sobre o BIF 2021, acesse www.brasilinvestmentforum.com.
Apex-Brasil – Assessoria de Imprensa:
Vera Stumm: (61) 99631-1979
Jéssica Barz: (51) 98262-0964
inpacto.apexbrasil@inpacto.co
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Painel 8 – Brasil aprimora regulação e ambiente de investimentos
Em painel do Brasil Investment Forum (BIF) 2021, líderes revelam melhorias regulatórias que impactam positivamente o cenário para investidores
O aperfeiçoamento do ambiente de investimentos no Brasil, no âmbito da agenda regulatória, foi debatido durante o Brasil Investment Forum (Fórum de Investimentos Brasil, em português), nesta terça (01/06). No oitavo painel do evento, específico sobre o tema, especialistas lançaram luz sobre questões como a transparência, a previsibilidade e a eficiência do processo regulatório aplicado às matérias que envolvem o cenário apresentado a investidores.
Com mediação do secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, o painel contou com a presença de representantes de agências regulatórias federais e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “A regulação é muito importante para o país. Estamos no caminho certo, mas o caminho é longo. A ordem é que todos possam usar a livre iniciativa, a livre concorrência”, indicou Guaranys, dando o tom do debate.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone, reforçou que a agência trabalha com transparência, previsibilidade, respeito a contratos e segurança jurídica. O diretor defendeu a interlocução com atores regionais para a melhoria do ambiente regulatório como um todo. “É importante, para a regulação, que a gente atenda aos consumidores. E atuar com atores regionais, que entendam a realidade local, facilita o processo regulatório”. A Aneel tem convênio com 12 estados brasileiros, que atuam como uma espécie de “braço” regional da agência. Segundo Pepitone, o formato permite prestar serviços com maior qualidade e menor custo ao consumidor.
O diretor-geral da Aneel defendeu o órgão regulador como um aliado da inovação, citando a Carta dos Reguladores dos Países Ibero-americanos: “Nós vemos uma atuação de excelência, tendo o órgão regulador o dinamismo suficiente para recepcionar toda essa inovação, deixar essa inovação acontecer, com o objetivo de levar eficiência para os nossos consumidores”.
O trabalho em articulação com outros órgãos também foi destaque na fala da diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias, que defende a gestão da questão hídrica sob o ponto de vista da qualidade. A ANA é responsável também pela gestão do saneamento básico, que envolve os componentes do abastecimento de águas, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e dos resíduos sólidos. Segundo Christianne, o desafio do setor é trabalhar em conjunto com as agências infranacionais, orientando na adequação das normas aos padrões internacionais.
Já o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, destacou as mudanças do setor e a recuperação econômica mundial, tendo o benefício do consumidor como foco. “Temos muita consciência da necessidade de sermos competitivos, e, assim, a agência cumpre o seu papel”, afirmou. Saboia comentou sobre a transição energética corrente. Segundo ele, o Brasil tem trabalhado no sentido de explorar as melhores vocações. “O gás natural tem vocação para a transição energética e também trabalhamos intensamente os desafios com o desinvestimento da Petrobras, no que tange ao controle de combustíveis de maneira geral. Isso tudo é parte da nossa agenda regulatória”, afirmou o diretor.
O coordenador do Programa de Política Regulatória na América Latina da OCDE, Manuel Gerardo Flores Romero, lembrou que as agências presentes no painel “trabalham duro para promover as melhores práticas na regulamentação, com base em evidências”. Romero ressaltou que é necessário sempre “simplificar, digitalizar e mapear o processo de regulamentação”, consultando os principais afetados pelos processos, ou seja, os investidores. Segundo ele, “a concorrência é muito boa, ela leva ao ganho econômico, com mais competição de preço, de insumo, de qualidade. Os produtos e serviços ficam melhores, com preços melhores. E isso gera crescimento”.
Na conclusão do painel, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone, resumiu o trabalho das agências regulatórias: “A regulação não é uma ciência, é uma arte. E os reguladores têm que praticar a regulação em sintonia com o mercado que regulam, têm que ter sensibilidade pelo lado do consumidor. E todo esse trabalho deve ser feito com transparência, previsibilidade e com respeito aos contratos, sobretudo. Afinal, somos reguladores de segmentos de infraestrutura, que é capital intensivo. Então, os investidores vão aportar uma grande quantidade de recursos para recuperar ao longo do período do contrato de concessão. Assim, é necessário ter segurança para que se realizem investimentos no país”.
BIF
Maior fórum para atração de investimentos estrangeiros da América Latina, o BIF é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal, por meio dos ministérios das Relações Exteriores e da Economia. A quarta edição do evento ocorreu, pela primeira vez, em uma plataforma online.
Em dois dias de realização, o Brasil Investment Forum ofereceu oito paineis com debates qualificados sobre assuntos estratégicos para o país. Pode-se acessar o conteúdo do fórum por meio do site www.brasilinvestmentforum.com.
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Painel 7 – BIF 2021 discute perspectivas de inovação, infraestrutura e sustentabilidade na agricultura
Sétimo painel do evento contou com a presença da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e representantes de empresas do setor
No último dia do Brasil Investment Forum (BIF) 2021, o futuro da agricultura no país foi discutido no painel “Os 3 I’s da Agricultura: Inovação, Infraestrutura e Investimentos Verdes”, que contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e representantes de empresas. O debate foi moderado pela jornalista Kellen Severo, especialista em agronegócios.
A ministra Tereza Cristina afirmou que o governo tem trabalhado para facilitar o alcance de produtores às políticas públicas do setor, investindo em inovação, infraestrutura e políticas para atração de investimentoss verdes. Sobre infraestrutura, Tereza Cristina listou ações para modernizar rodovias, hidrovias e ferrovias. “A infraestrutura é fundamental. Precisaremos ficar cada vez mais conectados”, pontuou. Na área de tecnologia, ela ressaltou que há oportunidades muito grandes para investimentos, lembrando que “o Brasil começou há 50 anos a trajetória de investir em tecnologia e, nesse período, a produtividade cresceu em 400%”.
No que diz respeito à atração de investimentos verdes, a ministra destacou medidas como o lançamento, em abril, do Plano ABC+, que conta com ações no setor para o período 2020-2030, embora, como ela fez questão de ressaltar, tenha “seus olhos voltados para os próximos 40 anos”. O plano, assegurou Tereza Cristina, é uma renovação do compromisso de estimular a adoção de manutenção de ações sustentáveis na agropecuária brasileira.
“Estamos orientando as ações de mitigação de emissão de gases de efeito estufa e sustentabilidade, para consolidar uma agropecuária moderna e atenta às necessidades ambientais do mundo atual. Nossa agropecuária será ainda mais parceira da preservação do meio ambiente”, salientou a ministra. E concluiu: “O Brasil é uma potência agroambiental”.
A presidente da SAP América Latina e Caribe, Cristina Palmaka, ressaltou o papel da tecnologia no desenvolvimento do agronegócio e citou o grande ecossistema dessa cadeia. “É um trabalho coletivo do governo e da iniciativa privada, que tem papel fundamental para trazer engajamento e conectividade para empresas de todos os tamanhos. Vejo essa evolução e não tenho dúvidas do destaque do país. O Brasil já é uma referência no agronegócio”, afirmou Palmaka.
Tecnologia está diretamente ligada à inovação. Neste sentido, a diretora de Produto e Ofertas no Segmento de Manufatura, Logística e Agroindústria da TOTVS, Angela Gheller Telles, destacou a inovação como uma das prioridades para o agronegócio. “Como empresa de software, precisamos oferecer soluções cada vez mais simples para o produtor e o agronegócio. Estamos em um momento ímpar do segmento porque estamos avançando em unir informações do campo com informações do escritório em ambiente online. Estamos em outro patamar”, comemorou Angela Gheller.
No âmbito dos negócios e investimentos verdes, a diretora da Climate Bonds Iniative, Thatyanne Gasparotto, defendeu que os investimentos verdes são a ferramenta que irá financiar a infraestrutura e o agronegócio do futuro, assim como diversos setores da economia. “O que podemos esperar é o Brasil se colocando à frente como detentor de um dos maiores estoques de projetos e ativos verdes em nível global”, destacou.
Brasil Investment Forum (BIF)
O BIF é uma realização da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Governo Federal. Essa quarta edição do fórum de investimentos ocorreu, pela primeira vez, de forma online. O evento disponibilizou uma plataforma onde participantes de todo o mundo puderam acessar seu conteúdo, em diferentes idiomas.
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Painel 6 – MCTI e empresários debatem investimentos para startups e unicórnios
No último dia do Brasil Investment Forum (BIF) 2021, foi comemorada a sanção do marco legal das startups
As perspectivas de crescimento do mercado e a comemoração antecipada da sanção do marco legal das startups, prevista para este mês, deram o tom do painel “Inovação: Startups e Unicórnios: oportunidades de investimento em mobilidade, finanças, saúde e segurança”, ocorrido nesta terça-feira (01/06) como parte do Brasil Investment Forum (BIF) 2021, evento organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo Governo Federal.
Sobre o marco legal, o Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Paulo Alvim, destacou que é um avanço muito significativo, por ser uma construção coletiva que envolveu mais de 70 instituições públicas e privadas, nos últimos quatro anos. “Startup é o modelo de negócio do século 21. Um grande avanço que conseguimos é criar condições legais, ambientes de negócios favoráveis para as startups surgirem e se desenvolverem”, salientou Alvim.
Com participação de empresas privadas, o evento contou com a moderação do chefe de Gabinete da Presidência da Apex-Brasil, Igor Brandão, que classificou como sensacional a dinâmica do mercado brasileiro nesse segmento. Brandão citou o crescimento das startups no Brasil, que triplicaram nos últimos cinco anos. “Passamos de 4 mil, em média, para 14 mil, este ano”. Em relação aos unicórnios, ele destacou que 18 foram mapeados e outros 12 devem surgir nos próximos relatórios.
Soluções para o futuro
Ao falar sobre perspectivas para o futuro, o Managing Partner da Redpoint eVentures, Anderson Thees, se disse otimista em relação ao segmento, e lembrou que a indústria de inovação é sazonal e cíclica. “Aprendemos, com o tempo, que a maioria das grandes empresas e dos casos de sucesso são criados durante e imediatamente após grandes crises. A atual crise é global, sem precedentes. Temos clareza de que a solução vai ser digital. Poucas vezes teremos um momento tão óbvio para começar grandes empresas”, enfatizou Thees.
A CEO do BID Lab (laboratório de inovação do BID), Irene Arias, defendeu que as soluções do futuro precisam ser pensadas tendo em mente sistemas interoperacionais e redes de segurança. Ela também defendeu a necessidade do uso responsável de dados na Inteligência Artificial e convidou empreendedores a entrar em contato com a instituição que representa. Arias fez também um alerta: “Essa emergência digital precisa ser muito deliberada para dar espaço a modelos corretos, senão teremos problemas na sociedade”.
O presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, citou a necessidade de se “criar uma condição adequada, tanto regulatória quanto atrativa, para que o país conquiste, cada vez mais, os investidores”. Klajner afirmou, ainda, que é necessária uma transformação digital na sociedade, e citou exemplos de projetos de telemedicina que permitiram atendimento médico a comunidades indígenas e de regiões distantes dos grandes centros urbanos, além de visitas virtuais de médicos especialistas a UTIs de hospitais com deficiência de atendimento especializado. E concluiu: “O 5G é uma oportunidade gigante para o uso da tecnologia”.
Já o vice-presidente de Tecnologia do Grupo Dasa, Danilo Zimmermann, afirmou que a pandemia veio para acelerar e ratificar soluções, além de demonstrar que quem tiver a melhor tecnologia – turbinada com dados, machine learning e especialistas –, caminha para realmente levar a uma melhor experiência. “É hora de começar novos projetos. Se ainda tem projetos dormindo, é hora de acelerar. Nós, aqui, vamos continuar investindo em transformação digital e inovação”, assegurou Zimmermann.
Marco legal das startups A votação do Projeto de Lei Complementar 146/19 foi concluída pelo Senado em 11 de maio, e ele encaminhado para a sanção presidencial, prevista para este mês. De acordo com o projeto, poderão ser classificadas como startups as empresas e sociedades cooperativas atuantes na inovação aplicada a produtos, serviços ou modelos de negócios; e que tenham receita bruta de até R$ 16 milhões no ano anterior e até 10 anos de inscrição no CNPJ.
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Painel 5 – Infraestrutura: terreno fértil para investimentos estrangeiros
No quinto painel do Brasil Investment Forum (BIF) 2021, especialistas apresentaram as oportunidades e o cenário brasileiro atual para investimentos em infraestrutura, setor que conta com ampla margem para expansão
A infraestrutura é um fator fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. E o setor foi tema específico do quinto painel do BIF (Fórum de Investimentos Brasil, em português) 2021, maior evento de atração de investimentos estrangeiros da América Latina. A ideia foi debater oportunidades que se abrem para investidores, mesmo em um contexto de pandemia. Isso porque, mesmo em tempos atípicos, por conta da pandemia da Covid-19, as possibilidades de investimentos no Brasil continuam emergindo. O fato se deve, em especial, ao fortalecimento da economia nos últimos anos e a recentes medidas adotadas pelo governo brasileiro.
Até o momento, o Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Ministério da Economia já entregou mais de 200 projetos com ativos dos mais variados, numa ordem de investimentos de US$ 132 bilhões. Para 2021, espera-se a apresentação de 129 ativos à iniciativa privada, com estimativa de investimentos acima de US$ 76 bilhões.
A agenda de desestatização do Governo Federal, somada ao conjunto de atividades relacionadas à infraestrutura, conta com grande margem para expansão – capaz de impactar diretamente a cadeia produtiva brasileira. O debate sobre o assunto foi promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal, organizadores do Brasil Investment Forum (BIF). Esta é a quarta edição do evento e a primeira delas que ocorre de maneira totalmente online.
Infraestrutura como terreno para investimentos
A infraestrutura envolve segmentos como ferrovias, rodovias, portos, aeroportos, saneamento e telecomunicações, entre outros. No painel “Infraestrutura: Oportunidades setoriais e regionais para o investimento estrangeiro”, os especialistas indicaram de que forma o setor é terreno fértil para novas oportunidades ao país. “Temos papel protagonista no que chamamos de investimentos em governança, sustentabilidade e energia limpa”, apontou a moderadora do painel e Secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa.
O Ministro das Comunicações, Fabio Faria, salientou que o Brasil tem amplas oportunidades de investimentos no setor. “Temos uma audiência, público de alto nível. É interessante para as nossas infraestruturas. Nunca paramos de trabalhar duro para entregarmos privatizações e concessões, para manter a economia sustentável e atraente para o setor privado”.
Faria apontou também que a pasta trabalha para solucionar a oferta de conectividade à população, destacando o 5G. “É um desafio preencher o hiato de comunicação, ao mesmo tempo que vem surgindo o 5G. O 4G foi fundamental, mas o 5G é projetado para a indústria, para fazer a conexão da cadeia de suprimentos e aumentar a produtividade”, explicou, complementando que foi prevista uma mudança total no sistema de comunicações do Brasil. “Teremos o benefício de um novo ambiente regulatório, tornando tudo mais previsível e com segurança jurídica”, concluiu o ministro.
A Secretária Especial da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, abordou a importância das desestatizações e privatizações. “O PPI é um programa federal que facilita a vinda de investimentos privados essencialmente para a infraestrutura, mas também no sentido de uma maior abertura de mercados e uma agenda importante de privatizações de companhias, que é esse trabalho importante de desestatizações, que se confunde com o PPI”.
De acordo com Seiller, o Brasil mantém diálogo intenso e diário com investidores que estão no país e que pretendem investir por aqui. “A gente pode falar com muito orgulho que o Brasil hoje tem, provavelmente, a maior quantidade de ativos a serem ofertados à iniciativa privada, nos mais diferentes setores, como concessões rodoviárias, projetos ferroviários, aeroportuários, projetos na área de energia, leilões no setor de mineração, PPPs de creches, de hospitais, de iluminação pública, de presídios e de telecomunicações, como o leilão de 5G”, apontou.
Para o CEO do BID Invest, James Scriven, reformas são necessárias para o crescimento industrial. “Para a indústria crescer, são necessárias reformas voltadas às mudanças globais e a criar uma economia mais inclusiva. No caso do Brasil, a sua localização é competitiva e há um grande potencial para investimento em infraestrutura”, afirmou Scriven.
Os investimentos em infraestrutura são a base para um futuro de desenvolvimento do país. Sobre isso, os tempos que estão por vir, o Vice-Presidente do Setor Privado do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Jorge Arbache, destacou: “O futuro no século XXI é extremamente desafiador, porque as tecnologias e as inovações vêm assumindo condição extremamente determinante para a produtividade e a competitividade das empresas e dos países. E um deles é toda a parte de economia digital: ela é absolutamente central, quer seja como insumo para o consumo das famílias, quer seja como instrumento crítico e vital para as cadeias de valor, para viabilizar a produtividade e a competitividade”.
Sobre o BIF
O segundo dia do Brasil Investment Forum (BIF) 2021 oferece quatro paineis com debates qualificados sobre assuntos estratégicos para o país. Além de infraestrutura, foram realizadas mesas sobre inovação, agribusiness e agenda regulatória. Para acompanhar as publicações relacionadas ao BIF, acesse o site www.brasilinvestmentforum.com.
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Keynote Session 2 – Oportunidades de investimento no setor de infraestrutura são apresentadas no BIF 2021
Ministros da Casa Civil e da Infraestrutura destacam crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2021 e os projetos de concessões e de privatizações em andamento
Na Keynote Session desta terça-feira (01/06), o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o Ministro-Chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, destacaram a segurança jurídica, a sustentabilidade dos projetos e a melhora econômica do país, ao se dirigem a investidores interessados nos ativos brasileiros. O encontro é parte do Brasil Investment Forum (BIF) 2021, organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal.
O crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre do ano, foi citado pelo ministro Tarcísio de Freitas. “Procure nossos projetos. O que está por vir é grande, da magnitude do Brasil”, destacou ele, complementando que o Governo Federal elaborou um grande programa de investimentos, que permitiu a realização de 70 leilões no setor de infraestrutura.
“O Brasil fez leilões de rodovias, portos, aeroportos, ferrovias. Voltamos a investir no modo ferroviário. Estamos transformando a nossa matriz de transporte, que vai ser muito mais eficiente daqui a alguns anos”, comemorou Freitas.
No radar de oportunidades para novos investimentos, o Ministro da Infraestrutura citou processos de concessão, privatização e leilões para a Rodovia Presidente Dutra, 18 aeroportos – incluindo o de Viracopos, em Campinas (SP) –, portos no Espírito Santo e em São Paulo e ferrovias. E complementou: “O leilão da ferrovia entre Sinop (MT) e Mirituba (PA) tem potencial enorme e vai se transformar no maior regulador de tarifas do Brasil. Tem o poder de jogar a tarifa para baixo e tornar nossos produtores extremamente competitivos”.
O Ministro-Chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, também ressaltou a retomada do crescimento econômico e o empenho para revigorar os investimentos internacionais. “O momento é muito favorável. Os que não investirem agora no Brasil, ano que vem estarão muito arrependidos”, alertou o ministro, enquanto enumerava as ações governamentais para melhorar o ambiente de negócios.
Para Ramos, há janelas de oportunidades que estão sendo abertas a partir do processo de adesão do Brasil aos instrumentos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que está em andamento e vai remover barreiras a investimentos estrangeiros. “O país tem buscado a melhora do ambiente de negócios para a atração de investimentos estrangeiros, a inserção nas cadeias globais, a abertura de novos mercados, a adoção de padrões internacionais de políticas públicas, a manutenção de instituições sólidas e com boa governança”, concluiu o ministro.
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Resumo 1º dia – Ambiente de inovação é marca do Brasil Investment Forum (BIF) 2021
Pela primeira vez em formato online, o fórum de investimentos trouxe inovação no formato e nos debates qualificados, voltados a investidores. Veja os destaques do primeiro dia do evento internacional
Um ambiente de inovações com potencial para gerar mais negócios, promovendo sustentabilidade e adaptação ao contexto da crise da Covid-19. Esse foi o clima do primeiro dia do Brasil Investment Forum – BIF (Fórum de Investimentos Brasil, em português), ocorrido nesta segunda-feira (31/05), em plataforma virtual. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi o destaque do primeiro dia,participando da abertura da quarta edição do maior fórum sobre a atração de investimentos estrangeiros da América Latina, a primeira realizada de forma online
O evento internacional estreou com a participação de mais de 6 mil inscritos, de 101 países. A expectativa é que, ao longo dos dois dias de duração, o BIF, crie condições únicas para a tomada de decisões em investimento, desenvolvimento de parcerias e expansão de operações já existentes no Brasil. Durante o evento, serão apresentados aos participantes 60 projetos de investimentos, com valor estimado de US$ 72,5 bilhões, e a expectativa é que, a partir do fórum, sejam anunciados US$ 50 bilhões em investimentos entre 2021 e 2022, com potencial de geração de 22 mil empregos. Os dados foram destacados pelo Presidente Jair Bolsonaro em sua fala.
Toda a programação do fórum foi transmitida de forma online, e ainda foram oferecidos serviços de matchmaking entre os participantes, via plataforma digital. Investidores tiveram acesso à apresentação de projetos públicos e privados no Brasil com alto potencial de atratividade. Já no primeiro dia de evento, o sistema de networking da plataforma virtual foi palco de reuniões com autoridades governamentais federais e estaduais de alto nível.
Além dos encontros promovidos por essa edição, a programação do BIF incluiu uma keynote session, duas sessões paralelas e quatro painéis, reunindo palestrantes que compartilharam conhecimentos capazes de ajudar na identificação de desafios, avanços e oportunidades. A ideia foi promover parcerias e projetar futuros cenários de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil.
A abertura do BIF 2021 contou com a participação do Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Augusto Pestana; do Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Claver-Carone; e do Ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França. As autoridades reforçaram o amplo comprometimento com a agenda de reformas e com novos investimentos, que exercem papel essencial nos movimentos do país em direção a um crescimento sustentável e equilibrado.
O Presidente Jair Bolsonaro enfatizou que o atual governo tem compromisso com as reformas e os projetos estruturantes para reduzir o custo-Brasil: “Trata-se de aperfeiçoar normas e políticas para melhorar o ambiente de negócios. Para isso, desenhamos soluções tributárias que asseguram a estabilidade macroeconômica em contexto de desafio orçamentário.” Ainda segundo o presidente, o Governo Federal planeja, “a um só tempo, maior abertura e liberdade econômicas, mais competição e maior estímulo à iniciativa privada, reservando ao Estado, ao mesmo tempo, o papel que lhe cabe nas várias políticas públicas essenciais ao desenvolvimento”.
O Brasil Investment Forum (BIF) é organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal. O fórum conta com o patrocínio oficial da BRF e da Itaipu Binacional, além do patrocínio da Petrobras e da Smar Technology Company.
Debate qualificado para investidores
No primeiro painel desta edição diferenciada do BIF, os organizadores trouxeram um debate inevitável: o “mundo pós-pandemia”. Na sessão envolvendo a economia global, foram discutidos os riscos sistêmicos e os desafios à governança, além do “novo normal”. O painel trouxe reflexões sobre uma nova economia, as novas relações de trabalho, a aceleração da digitalização dos meios de pagamentos e um novo olhar sobre o planeta e sua sustentabilidade. “O Brasil tem muito potencial para se desenvolver no mercado externo. Nós vemos o Brasil como um país com grande potencial de produtividade. Os brasileiros estão visivelmente engajados”, apontou o Vice-Presidente de Países do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Richard Martínez.
Já o segundo painel, “Indústria: Impactos da digitalização, servitização, IoT e indústria 4.0”, trouxe o debate acerca da revolução do mercado industrial, que ocorre de forma constante e veloz, transformando não apenas a maneira de produzir, mas também a forma como as empresas se relacionam com clientes e fornecedores. O encontro abriu espaço para a apresentação de estratégias que visam a aumentar, nos próximos anos, o uso de novas tecnologias, criando, assim, novos modelos de negócios. Um dos participantes do painel, o Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, destacou que o Brasil está investindo em ações voltadas para o desenvolvimento tecnológico.
Segundo Costa, a indústria nacional amargou longo período de queda de produtividade e redução da participação do segmento no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, mas as políticas públicas na área de tecnologia começam a dar resultados. “Dentro da agenda digital, estamos implementando novos marcos regulatórios e desenvolvendo os pilares da indústria 4.0”, destacou.
O papel do Investimento Estrangeiro Direto (IED) e a agenda de reformas no crescimento do Brasil pós-pandemia foi o tema do terceiro painel do BIF. De acordo com a chefe da Divisão de Investimentos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ana Novik, os esforços do governo para acelerar as reformas necessárias e as privatizações se configuram como pontos positivos para atrair cada vez mais investimentos estrangeiros diretos. “Nós temos que olhar para os investimentos estrangeiros e para o potencial de crescimento do país. É muito importante aumentar o IED porque, se não tiver um investimento direto, não terá um investimento sustentável”, reforçou Novik.
Os debates qualificados se encerraram com uma discussão a respeito da transição energética no Brasil, abarcando a importância das energias renováveis e do IED. O Brasil, destaque na utilização de energias renováveis, apresenta elementos promissores: uma vasta oferta de fontes limpas, ainda com grande potencial a ser aproveitado, e um mercado consumidor em ascensão. Foi o que apontou o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que destacou resultados positivos do programa RenovaBio e o histórico brasileiro na implantação de políticas públicas para o segmento: “Nossa matriz de transporte é considerada a mais limpa do mundo. Uma iniciativa que começou há 50 anos e vem sendo aprimorada porque os biocombustíveis e as políticas de bioenergia são referência internacional, e podemos nos orgulhar disso”.
O Brasil Investment Forum segue nesta terça-feira (01/06) com extensa programação. Os participantes poderão acompanhar debates sobre setores e temas estratégicos da sociedade, como a infraestrutura, a inovação, a agricultura e a agenda regulatória. Para saber mais sobre o evento, os palestrantes e a programação, acesse www.brasilinvestmentforum.com.
Confira os links para acompanhar ao vivo o BIF 2021:
• 9h – Keynote Session: https://click.apexbrasil.us/s1br
• 11h – Painel 5 – Infraestrutura – Oportunidades setoriais e regionais para o investimento estrangeiro: https://click.apexbrasil.us/s1br
• 11h – Painel 6 – Inovação – Start-ups e Unicórnios: oportunidades de investimento em mobilidade, finanças, saúde e segurança: https://click.apexbrasil.us/s2br
• 14h30 – Painel 7 – Agribusiness – Os 3 I’s da Agricultura: Inovação, Infraestrutura e Instrumentos Verdes: https://click.apexbrasil.us/s1br
• 14h30 – Painel 8 – Agenda Regulatória – O aperfeiçoamento do ambiente de investimentos no Brasil: https://click.apexbrasil.us/s2br
Serviço
Para envio de perguntas, dúvidas ou outras demandas: inpacto.apexbrasil@inpacto.co
Apex-Brasil – Assessoria de Imprensa:
Vera Stumm: (61) 99631-1979
Jéssica Barz: (51) 98262-0964
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Painel 4 – BIF 2021 discute expansão dos investimentos em energias renováveis
Ministro de Minas e Energia e representantes do BID e do setor privado participaram de painel sobre transição energética no Brasil Investment Forum (BIF) 2021
O Brasil vive a expectativa de “forte expansão” do setor de biocombustíveis nos próximos anos, com investimentos que podem chegar a R$ 400 bilhões. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante participação no Brasil Investment Forum (BIF) 2021. O evento, que ocorre hoje (31/05) e amanhã (01/06), é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal.
O ministro integrou o painel “Energia – Transição energética no Brasil: a importância das energias renováveis e do investimento estrangeiro direto”, ao lado de representantes do BID e de empresas privadas que atuam no Brasil. Ele destacou os resultados positivos do programa RenovaBio e o histórico brasileiro na implantação de políticas públicas para o setor: “Nossa matriz de transporte é considerada a mais limpa do mundo. Uma iniciativa que começou há 50 anos e vem sendo aprimorada porque os biocombustíveis e as políticas de bionergia são referência internacional, e podemos nos orgulhar disso”.
O encontro teve moderação da Presidente-Executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, que assinalou as oportunidades de investimento disponíveis no Brasil. Para ela, a perspectiva do aparato regulatório, destacada pelo ministro, “é muito boa para os investidores”. “Percebemos que, com esta riqueza, o Brasil tem muitas oportunidades e podemos pensar nas oportunidades além da eletricidade”, ressaltou Gannoum.
Investimentos externos
O Climatescope 2020, realizado pela BloombergNEF, mostra o Brasil como o 3º país mais atrativo para se investir em implantação de fontes renováveis. Foi sobre essas oportunidades que falaram a Presidente da Equinor Brasil, Veronica Coelho, o CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, e o Gerente do Setor de Infraestrutura e Energia do BID, Jose Agustín Aguerre.
Segundo Aguerre, as possibilidades para a inovação e a geração de empregos são grandes – e passam pelo desenvolvimento de novos produtos para os consumidores. Ele destacou também as oportunidades na descarbonização dos transportes públicos, em automóveis individuais elétricos e em ações para o desenvolvimento da eficiência energética. Foram citados, ainda, o programa Amazônia Legal e a linha de financiamento para a energia fotovoltaica que está sendo trabalhada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O CEO da EDP Brazil, João Marques da Cruz, apresentou projetos que a empresa desenvolve no país e falou do interesse em investir em energia renovável. “Devemos encontrar equilíbrios que estejam de acordo com a transição energética, com uma evolução favorável”, afirmou. Já Veronica Coelho, da Equinor, citou investimentos atuais nos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro e salientou que a empresa tem buscado investir em projetos relacionados ao hidrogênio e à captura de carbono, entre outros. Segundo ela, a empresa, de fato, tem como parte da sua ambição ser líder no processo de transição energética.
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Painel 3 – Brasil permanece atrativo para investimentos estrangeiros
Painelistas do Brasil Investment Forum (BIF) defendem o papel do Investimento Estrangeiro Direto no Brasil pós-pandemia
O Brasil Investment Forum (BIF) abriu espaço, nesta segunda-feira (31), para um debate aprofundado, com participantes de alto nível, sobre a importância do Investimento Estrangeiro Direto (IED) para o crescimento do Brasil pós-pandemia.
O cenário do debate não poderia ser mais propício: o BIF é considerado o maior evento de atração de investimentos estrangeiros da América Latina. Toda a programação do evento se dá em torno de discussões qualificadas sobre as oportunidades encontradas no Brasil e seu reposicionamento como um ator-chave da economia global.
No painel “IED: O crescimento no Brasil Pós-Pandemia: o papel do Investimento Estrangeiro Direto e a agenda de reformas” representantes do governo brasileiro, de entidades internacionais e da sociedade civil discutiram o papel dos investimentos no crescimento sustentável e equilibrado do país.
A aprovação da reforma da Previdência e os esforços do governo para acelerar a reforma tributária e as privatizações se configuram como pontos positivos para atrair cada vez mais IED. E o histórico do Brasil reflete sua capacidade de atrair o interesse estrangeiro: de acordo com a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o país recebeu US$ 75 bilhões em investimentos externos em 2019, contra US$ 60 bilhões em 2018. Com o incremento, o Brasil passou a ocupar a quarta posição entre os principais destinos de IED no mundo.
O Diretor de Gestão Corporativa da Apex-Brasil, Roberto Escoto, moderou o painel e aproveitou para elencar o potencial do país e as medidas relacionadas à atração de investimentos. “Um dos motivos pelo qual os investidores procuram o Brasil é o tamanho do nosso mercado doméstico – 210 milhões de habitantes. Mas não apenas isso. O Brasil serve de plataforma de exportação para outros países, sobretudo latino-americanos. Então, não há dúvida que o país é importante para atrair investimentos para toda a região”, ressaltou.
Escoto destacou o marco legal do saneamento como um “exemplo de iniciativas que estão sendo tomadas para tornar o investimento mais inclusivo e mais sustentável”. Para ele, “o Brasil tem condições de absorver bilhões de dólares em saneamento, e isso, sem dúvida nenhuma, vai melhorar as condições de vida de milhões de brasileiros que não têm acesso a água potável e a esgoto”.
Por sua vez, o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, lembrou de instrumentos já adotados pelo governo, capazes de melhorar o ambiente de negócios e, consequentemente, o cenário de trabalho formal, a inclusão social e a adesão a normas ambientais. “As diretrizes oferecem princípios e padrões com o objetivo de melhorar padrões de conduta, abrangendo um grande número de áreas, como relações de trabalho, direitos humanos, combate à corrupção, meio ambiente, tributação e concorrência”, explicou Fendt. O secretário citou, ainda, que o governo brasileiro participa, desde 1977, do Comitê de Investimentos que funciona no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Também presente no painel, a chefe da Divisão de Investimentos da OCDE, Ana Novik, afirmou que “o Brasil tem perfil para se tornar membro da OCDE”, já que está “muito engajado em atividades que são pré-requisitos para isso, está no caminho certo”. Novik lembrou que as relações econômicas devem trazer benefícios sociais. E essa preocupação se relaciona positivamente com o IED. “Nós temos que olhar para os investimentos estrangeiros e para o potencial de crescimento do país. É muito importante aumentar o IED porque, se não tiver um investimento direto, não haverá investimento sustentável”, finalizou.
Já o Vice-Presidente de Setores e Conhecimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Benigno López, reforçou que o Brasil pode se tornar líder nessa agenda e vai dar um passo à frente ao fazer reformas importantes. E, confiante, previu que “os investimentos vão começar a vir, porque o Brasil possui tudo o necessário. Essas são oportunidades que acontecem uma vez na vida e esse é o momento”.
Investidores no Brasil
Com uma longa história de investimentos no Brasil, o general manager da Siemens Energy Brasil, Andre Clark, defendeu o Brasil como um “competidor global de destino de investimentos em inovação”. Para ele, “o conceito de IED mudou, os países competem por fundos de pensão e também pelas empresas. Não mais pelo mercado doméstico, mas pela sua projeção como plataforma exportadora de tecnologia, produtos e serviços para o planeta. Não se pensa mais em investimento direto exclusivamente para mercados locais”.
Na visão do investidor, “a inovação ocorre em rede, dentro de um ecossistema, em geral global, e cada vez mais perto de onde o problema se encontra”. Segundo Clark, “o Brasil tem escala, tem tamanho, mas é do Brasil para o planeta”.
O CEO da Bravo Motors, Eduardo Muñoz, relatou que encontrou um ambiente oportuno no país. “Nós encontramos no Brasil um ecossistema muito favorável, um mercado muito grande e um posicionamento geopolítico estratégico quase que fundamental para nossa chegada. Isso fez com que nós estejamos aqui hoje, não só com o apoio do Governo Federal e da Apex-Brasil, mas também do estado e do município. Estamos muito felizes de estar aqui”, celebrou.
Muñoz agradeceu o convite para a participação no BIF e reafirmou a escolha acertada da Bravo Motors de se instalar no Brasil. “O país está tendo abertura econômica muito importante e ataque às ineficiências da economia. Trabalhamos de mãos dadas com a Apex-Brasil”, avaliou. Ele ainda salientou que o momento é inédito em termos de produtividade e de uma nova indústria, chamada de “Indústria 4.0”, caracterizada por mudanças de matriz energética, no sistema de mobilidade e nas comunicações, entre outros. “O grande desafio que temos hoje é, justamente, como nós aproveitamos todo esse valor e essa produtividade que vai gerar trilhões de novos recursos econômicos em transformação da velha economia na nova e dos velhos trabalhos nos novos. Os desafios passam por aí. Sem sombra de dúvidas, é um momento apaixonante do mundo. A gente vai vivenciar um mundo muito diferente. Eu só espero que tomemos as decisões certas, para que seja muito melhor”, finalizou o CEO.
O BIF
O BIF é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal. Essa quarta edição do fórum de investimentos ocorre, pela primeira vez, de forma online. O evento disponibiliza uma plataforma onde participantes de todo o mundo podem acessar seu conteúdo, em diferentes idiomas.
No primeiro dia do Brasil Investment Forum (BIF), palestrantes qualificados compartilharam seus conhecimentos e ajudaram a identificar desafios e oportunidades para o país. Outros três paineis foram realizados ao longo do dia, agregando debates acerca da economia global, da indústria e da energia. Para acompanhar as publicações relacionadas ao BIF, o maior evento de investimentos do Brasil, acesse o site www.brasilinvestmentforum.com.
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Painel 2 – Governo e empresas debatem acesso a novas tecnologias no BIF 2021
Os avanços, desafios e oportunidades da consolidação de modelos de negócios digitais no Brasil foram tema do painel “Indústria – Impactos da Digitalização, Servitização, IoT e Indústria 4.0”, realizado nesta segunda-feira (31), como parte do Brasil Investment Forum (BIF) 2021. É consenso entre os participantes do debate que a adoção de novas tecnologias e a transformação digital são peças-chave para o desenvolvimento.
O Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, ressaltou que o Brasil está investindo em ações voltadas ao desenvolvimento tecnológico para melhorar seu ambiente de negócios. Segundo ele, a indústria nacional amargou longo período de queda de produtividade e redução da participação do segmento no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, mas as políticas públicas na área de tecnologia começam a dar resultados. “Dentro da agenda digital, estamos implementando novos marcos regulatórios e desenvolvendo os pilares da indústria 4.0”, sinalizou.
Costa citou, ainda, ações de destaque para incentivar esse desenvolvimento tecnológico. Entre elas, o desenvolvimento de fornecedores, a capacitação de micro e pequenas empresas e o reposicionamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que passa a ter a digitalização da indústria como foco.
Moderador do painel, o Presidente da ABDI, Igor Calvet, destacou que o Brasil já está vivenciando essa digitalização. “A adoção de tecnologias no processo produtivo, a visão do governo sobre esse processo, as medidas legislativas que estão sendo tomadas e a maneira como as empresas estão se posicionando no dia a dia mostram que isso já é realidade”, afirmou.
O Diretor-Executivo de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Nicolás Simone, apresentou a estratégia de transformação digital da instituição. O objetivo, segundo contou, é deixar a empresa “menos burocrática” e continuar a investir em inovação, com ações como a compra de supercomputadores, e no aperfeiçoamento dos profissionais. Para Simone, “toda transformação digital se passa por meio das pessoas; também é uma transformação cultural”.
Empresas
A Presidente da IBM Brasil, Katia Vaskys, reforçou o papel do país como um dos destinos mais atraentes para investimentos externos e destacou que o Brasil foi o primeiro a sediar uma filial da IBM fora dos Estados Unidos. “As indústrias de tecnologia têm papel fundamental na construção de modelos de negócios abertos que permitam a inclusão digital da sociedade. A economia brasileira está pronta para seguir investindo em digitalização e para trabalhar com um ambiente mais inteligente, aberto e inclusivo”.
Para o Presidente e CEO da Scania América Latina, Christopher Podgorski, os 62 anos de história da marca no Brasil são sinônimo do desenvolvimento dos transportes no país. “Quando falamos de digitalização e servitização, somos cópia fiel da nossa casa matriz na Suécia. Tivemos a possiblidade de fazer a transferência de tecnologia”, destacou. Ele também salientou que a empresa está preparada para novos modelos de negócios embasados em novas tecnologias. “Entendemos como serão os novos modelos de negócio no futuro. Não sabemos como vai terminar, mas estaremos posicionados”, assegurou Podgorski.
Diretora Sênior de Política do Conselho Empresarial Brasil-EUA (BUSBC), Renata Vasconcellos afirmou que o país tem feito um ótimo trabalho na área de Inteligência Artificial, mas lembrou que ainda há muito espaço para crescimento, citando a telemedicina e a conectividade rural como exemplos de segmentos a serem trabalhados. “Com a pandemia, tivemos um curso prático de digitalização intensiva. O desafio é superar leis desatualizadas que podem impactar na Inteligência Artificial, não só no Brasil, mas em todo o mundo”.
Brasil Investment Forum (BIF)
O Brasil Investment Forum (BIF) é organizado pela Apex-Brasil, pelo BID e pelo Governo Federal. O evento segue até esta terça (01/06). Estão confirmados, na programação, os Ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; da Economia, Paulo Guedes; da Saúde, Marcelo Queiroga; da Infraestrutura, Tarcísio Freitas; de Minas e Energia, Bento Albuquerque; e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, além de dezenas de autoridades dos setores público e privado.
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